16 de nov. de 2006

OAB DEMOCRÁTICA - Preciso do seu voto no próximo 22.11

As duas últimas eleições para OAB Paraná foram marcadas pelas chamadas chapas únicas, o que acarretou uma total ausência de debate, idéias e propostas durante os períodos eleitorais. Nos pleitos que elegeram os representantes da classe nos anos de 2000 e 2003, apenas uma chapa se inscreveu. A última disputa entre chapas para a Seccional do Paraná ocorreu em 1.997.
Já se passaram 9 anos sem qualquer debate entre os advogados – e a sociedade - sobre a forma como os dirigentes da OAB-PR devem conduzir a entidade. Sem disputas, cresceu a dissociação dos interesses dos advogados e os do seu órgão de classe. Os questionamentos desapareceram, sequer alternativas ou críticas foram externadas. Tudo isso numa Seccional da OAB, a entidade mais debatedora das questões políticas no nosso País e a principal defensora do pleno exercício da democracia, mesmo nos mais terríveis períodos de ditadura.
Esses 9 anos com total ausência de debate sobre a função, os rumos e o papel que deve ser exercido pela OAB-PR acabaram por criar uma distância crescente entre a direção da entidade e os advogados representados por ela. A erosão deste caminho chegou a tal ponto de que os advogados que não concordassem com os destinos que estavam sendo tomados pelos atuais dirigentes da entidade eram imediatamente atacados e reprimidos.
O ápice desta conduta ocorreu com os advogados da Capital que militam na Subseção de Curitiba, que foram reprimidos pela direção da OAB Paraná, que, em um golpe, extinguiu abruptamente a Subseção da OAB de Curitiba de forma arbitrária, sem justificativas plausíveis e sem sequer ouvir os advogados ou realizar um plebiscito.
Tal prática se repetiu, com uma matize de formas, com vários advogados e Subseções do interior do Estado, que não eram ouvidos ou eram reprimidos pelos dirigentes da OAB-PR.
Os advogados estão cada vez mais desamparados, as dificuldades para o exercício da profissão se avolumam, as prerrogativas são a cada dia mais ofendidas, e enquanto isso os atuais diretores da OAB-PR pensam em obras, em aumentar o valor da anuidade, em comparecer a coquetéis, posses e inaugurações, como se tudo estivesse às mil maravilhas com a classe no Estado.
Diante desse quadro nefasto, os advogados paranaenses resolveram se indignar contra a mão da ditadura, a gestão autocrática, o distanciamento da realidade da advocacia, a subserviência ao Poder Judiciário e contra a total ausência de diálogo com os profissionais militantes por parte atuais diretores da OAB-PR.
Não é mais possível aceitar que a Seccional do Paraná da OAB - um histórico órgão de classe, que já foi dos mais respeitados e atuantes neste País – seja dirigida por quem vem virando as costas para os problemas que os advogados enfrentam diariamente no exercício da profissão e para as crises institucionais que a nossa sociedade enfrenta.
É assim que nasceu um movimento de oposição, novo, dinâmico, verdadeiro, para discutir os rumos da OAB–PR, e também para que a próxima gestão, eleita em novembro próximo, seja realmente participativa, representativa e devolva a voz a quem deveria estar sendo representando pela OAB.

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